Seja bem-vindo a esse espaço no qual se pretende multiplicar conhecimentos pertinentes ao continente africano e de sua diáspora no Novo Mundo. É reconhecida a necessidade das trocas de saberes e a socialização do conhecimento na área da História, com vistas ao desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa na busca da inclusão de temas que contribuam para a compreensão da multiplicidade das experiências humanas e a criticar estereótipos organicamente naturalizados.



quinta-feira, 29 de abril de 2010

Primeira eleição multirracial na África do Sul



15 de abril de 2009 — Abril de 1994: eleições presidenciais na África do Sul. O início da era pós-apartheid, com a vitória (esmagadora e indubitável) do candidato do ANC, o histórico Nelson Mandela.

Na Rádio Voz de Almada acompanhavamos (como nos competia, enquanto jornalistas) esses dias históricos.


Eleição presidencial da África do Sul de 1994

O dia 27 de abril é o Dia da Liberdade para os sul-africanos. A data marcou a primeira eleição (em 1994) que não foi determinada pelas regras do apartheid (regime de segregação racial oficializado pelo governo da África do Sul) desde 1948. Até então, a cor restringia a participação nas eleições de tal modo que, de uma população de quase 28 milhões, apenas 3 milhões eram eleitores. A eleição de 1994, sem restrições raciais, (para as assembléias regionais e para a assembléia nacional do país) foi possível em função das negociações de paz que envolveram toda a sociedade sul-africana após a libertação de Nelson Mandela, em 1990. O partido do mais famoso dissidente político do mundo, Congresso Nacional Africano, foi o grande vencedor do pleito, o que garantiu a eleição de Mandela para a presidência da República.

O pleito foi organizado pela Comissão Eleitoral Independente, formada por representantes de diversos setores da sociedade sul-africana e presidida pelo líder do principal tribunal do país. A Comissão enfrentou uma série de problemas, a ponto de relatório do Departamento de Estado dos EUA ter considerado sua tarefa um pesadelo logístico.

Os eleitores não estavam cadastrados em qualquer banco de dados específico. O documento exigido era o de identidade, e os mesários foram instruídos a flexibilizar soluções para os casos mais complicados. A eleição transcorreu ao longo de seis dias, e, como o eleitor podia votar em qualquer mesa, alguns locais tiveram filas cujo tamanho alcançaram a marca dos quilômetros. Ao largo de todos estes problemas, os observadores internacionais, vinculados tanto à ONU quanto à União Européia, afiançaram a credibilidade do pleito, que marcou uma nova era na política sul-africana.

Os votos válidos chegaram a 19.726.579, e os dois partidos mais votados para a Assembléia Nacional foram o Congresso Nacional Africano, com 12.237.655 votos (62.65% e 252 cadeiras), o Partido Nacional, com 3.983.690 de votos (20.39% e 82 cadeiras)


fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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