Como primeira postagem escolhi a poesia de autoria de Antônio Jacinto. Apresentada pela historiadora Mônica Lima em sua palestra inaugural na pós-graduação em História da África e do Negro no Brasil pela UCAM.
Antônio Jacinto, cujo nome completo é António Jacinto do Amaral Martins, nasceu em Luanda em 1924 e faleceu em 1991. Orlando Távora é o pseudónimo utilizado por António Jacinto como contista.Por razões políticas esteve preso entre 1960 e 1972. Militante do MPLA, foi co-fundador da União de Escritores Angolanos, membro do Movimento de Novos Intelectuais de Angola e participou activamente na vida política e cultural angolana. Foi empregado de escritório e técnico de contabilidade, Ministro da Educação de Angola e Secretário de Estado da Cultura.
A sua obra está publicada nos seguintes livros: “Poemas”, 1961, “Vôvô Bartolomeu”, 1979, “Poemas”, 1982, “Em Kilunje do Golungo”, 1984, “Sobreviver em Tarrafal de Santiago”, 1985, “Prometeu”, 1987, “Fábulas de Sanji”, 1988.
O RITMO DO TANTÃ
*Antônio Jacinto*
" O ritmo do tantã não tenho no sangue
Nem na pele
Nem na pele
Tenho o ritmo do tantã no coração
No coração
No coração
O ritmo do tantã não tenho no sangue
Nem na pele
nem na pele
Tenho o ritmo do tantã
sobretudo
Mais no que pensa
Mais no que pensa
Penso África, sinto África, digo África
Odeio em África
Amo em África
Estou em África
Eu também sou África
Tenho o ritmo do tantã
sobretudo
No que pensa.(...)"
fonte: http://www.antoniomiranda.com.br
http://resistente.3e.com.pt
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