Seja bem-vindo a esse espaço no qual se pretende multiplicar conhecimentos pertinentes ao continente africano e de sua diáspora no Novo Mundo. É reconhecida a necessidade das trocas de saberes e a socialização do conhecimento na área da História, com vistas ao desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa na busca da inclusão de temas que contribuam para a compreensão da multiplicidade das experiências humanas e a criticar estereótipos organicamente naturalizados.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

II Seminário História Social da Língua Nacional: Diáspora Africana

A Fundação Casa de Rui Barbosa promove, nos dias 27 e 28 de outubro, a partir das 9h30, o II Seminário História Social da Língua Nacional – A Diáspora Africana. O evento integra as comemorações do Dia da Cultura, promovido pelo Ministério da Cultura. A entrada é franca. O evento é organizado por Ivana Stolze Lima (FCRB/PUC-Rio/CNPq) e Laura do Carmo (FCRB).

Ementa

O objetivo deste encontro é aprofundar um campo de reflexão e questionamento dos mais férteis e produtivos nas últimas décadas no Brasil. Discutir as questões da Diáspora Africana relacionadas ao processo histórico-social da língua nacional leva a evocar o tráfico de escravos e as redes do mundo atlântico como travessia de homens, culturas, línguas e modos de comunicação e vida social. Ao se pensar na escravidão, tanto as formas de imposição da língua senhorial e as hierarquizações baseadas nas habilidades linguísticas dos escravos, como as estratégias de comunicação criadas pelos próprios africanos e descendentes foram relevantes, vide a persistência de línguas maternas, surgimento de línguas gerais, usos rituais e secretos de códigos próprios.

Como explicar que a formação do Estado nacional no Brasil, sustentada na mão de obra escrava e nos privilégios da classe senhorial, foi também a experiência de gestação de um mundo das letras com grande número de descendentes de escravos, libertos e africanos entre seus agentes, inclusive os mais ilustres? No Brasil contemporâneo, o esforço de apropriação dos instrumentos de poder como a língua culta, os códigos legais, a educação formal, são caminhos que afirmam vínculos comunitários e atuações políticas e identitárias. Pesquisadores que se propõem a atravessar fronteiras disciplinares têm às vezes poucos momentos de diálogo, e reuni-los é o intuito principal do seminário, para que se possa também atingir um público maior com a divulgação dos resultados e contribuir para o aprofundamento dessas questões.

Programação

27 de outubro, quarta-feira

9h30 Abertura
José Almino de Alencar | Presidente da FCRB
Ivana Stolze Lima | FCRB
Laura do Carmo | FCRB

Línguas africanas no Brasil: vitalidade e invisibilidade
Margarida Petter | USP

Sonhos do Kongo, São Paulo 1903: cosmologia e léxico sagrado de um sacerdote de Macumba
Robert Slenes | Unicamp/CNPq

Música e nação em Angola
Marissa Moorman | Indiana University

Mediador: Eduardo Silva | FCRB/CNPq


14h Fronteiras

As difusas fronteiras entre línguas crioulas e línguas lexificadoras: o caso da gênese e desenvolvimento da língua nacional no Brasil
Heliana Mello | UFMG

Africanos no Rio de Janeiro, entre fronteiras e práticas de comunicação
Ivana Stolze Lima | FCRB/CNPq

Língua, história e ficção
Alberto Mussa | Escritor

Mediador: João Paulo Rodrigues | UFSJ


16h Escritas e registros

Um Rei negro na literatura brasileira: Coelho Netto e a herança africana
Leonardo Affonso de Miranda Pereira | PUC-Rio/CNPq

O nome dela era Rosa: epistolografia de uma ex-escrava no Brasil do século XVIII
Klebson Oliveira | UFBA

Africanos e descendentes em dicionários
Laura do Carmo | FCRB

Mediadora: Marta de Senna | FCRB/CNPq


28 de outubro - quinta-feira

9h30 Mundo atlântico

Angolenses, colonos e a língua portuguesa em Luanda durante a expansão européia (1870-1930)
Andrea Marzano | UniRio

Ladinos e boçais: a questão das línguas no Atlântico Sul (1831-1850c.)
Marcos Abreu Leitão de Almeida | UNICAMP/Fapesp

A Árvore da Palavra: embondeiros plantados em terras brasileiras
Sonia Queiroz | UFMG

A língua mina-jeje no Brasil
Yeda Pessoa de Castro | UNEB

Mediador: Ivette Savelli | FCRB


14h Práticas

Versos, memórias e desafios na música negra
Martha Abreu | UFF/CNPq

Comunidade e palavra na prática do jongo
Délcio José Bernardo | jongueiro

A língua iorubá no terreiro
Iyalorixá Mãe Meninazinha da Oxum | Ylê Omulu Oxum

Desejo e direito de escrever: sanções para quem escreve ferindo a "(o)culta norma" da língua
Conceição Evaristo | Escritora

Mediadora: Joëlle Rouchou | FCRB

Fonte: http://www.casaruibarbosa.gov.br/template_01/default.asp?VID_Secao=9&VID_Materia=1880

terça-feira, 19 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cinema negro e educação

Encontro Pedagógico Cinema negro e educação*

Programação

Abertura: Zózimo Bulbul – Centro Afrocarioca de Cinema (15min)

Exibição do curta: "ALMA NO OLHO"

Mesa redonda 1: MULTICULTURALISMO, AFRICANIDADES E CINEMA (90MIN)

· Joel Zito Araujo – cineasta e professor dr

· Monique Franco - professora drª -Núcleo Interdisciplinar Resistência e Arte (Nira) Laboratório Audiovisual Cinema Paraíso - UERJ/FFP

· Mediadora: Kátia Santos – professora drª - PACC-UFRJ

Intervalo -

Exibição de curta: " SAMBA NO TREM"

Mesa redonda 2 :AFROCINEMA, IMAGENS E EDUCAÇÃO ( 90MIN)

· Ana Paula Brandão - Canal Futura – Projeto A Cor da Cultura

· Ana Maria Miguel - TV Escola – Programa Salto para o Futuro

· Rogério Santana Lourenço -Pesquisador Independente

· Mediadora: Azoilda Trindade

Objetivos:

· Mobilizar professoras/es para o IV Encontro Cinema Negro.

· Propiciar momento de reflexão de cunho didático pedagógico acerca da imagem das (dos) afrodescendentes e africanas (os) no cinema e na televisão.

· Refletir acerca da criação do setor educativo do Afrocarioca de Cinema

Data: 25 de outubro de 2010

Local: Centro Afro Carioca de Cinema - Rua Joaquim Silva, 40 - Lapa - Rio de Janeiro

Horário: Tarde 13h30 às 18h

INSCRIÇÕES: pelo e-mail afrocarioca.divulgacao@gmail.com ou por telefone 2508 7371 – 2508 7381 – 85771600(Naira)

Obs.: Haverá entrega de certificados de participação e sorteio de um ônibus para uma escola levar estudantes ao IV Encontro Cinema Negro.

*Coordenação Pedagógica e idealização Azoilda Loretto da Trindade

Divulgado por e-mail

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cartola: Poeta do samba


Projeto Poesia no SESI
Poeta homenageado do mês: Cartola

Toda quarta-feira, das 12h às 13h, o Projeto Poesia ocupa o palco do teatro SESI Centro, com o objetivo de proporcionar um painel com o melhor da poesia produzida no Rio de Janeiro na atualidade e homenagear, mês a mês, um grande poeta.

O homenageado do mês de outubro será Cartola , que terá seus poemas recitados por diversas personalidades.

Ficha Técnica:
Concepção e direção artística: Claufe Rodrigues
Produção: Monica Montone

Classificação Etária: Livre
Ingressos: Entrada Franca
Evento sugeito à lotação e por ordem de chegada.

Programação:

06 de outubro - Nelson Sargento & Ronaldo Matos
13 de outubro - Gabriel Muzak + Sergio Natureza
20 de outubro - Duane Martins + Carmem Moreno
27 de outubro - Janaina Moreno + Geraldo Carneiro

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Documentário "Terra Deu, Terra Come" revela herança africana - Fernando Masini


O que restou de um quilombo em Minas Gerais é o ambiente escolhido pelo jovem diretor Rodrigo Siqueira para rodar "Terra Deu, Terra Come", que estreou na sexta-feira (1º).

Premiado no É Tudo Verdade, o documentário acompanha o garimpeiro Pedro de Almeida, 81, que comanda um cortejo fúnebre carregado de misticismo.

Enquanto entoa vissungos - cânticos negros -, o líder é acompanhado por jovens e mulheres. Tudo ocorre como uma elaborada encenação, na qual o cineasta se intromete como personagem.

Fonte: http://guia.folha.com.br/cinema/ult10044u809461.shtml

Saiba mais sobre o filme no site.

Uma lágrima pelo povo e pelo Estado de Angola - Luíz Araújo

Neste artigo, o ativista Luis Araújo discute a relação direta entre conservação da memória e do patrimônio material e imaterial da nação angolana e seus desmembramentos no governo do atual presidente Eduardo dos Santos, assim como relembra ao leitor o papel fundamental que o Mercado Kinaxixe teve na organização da identidade coletiva angolana após a guerra civil. A destruição de mercados e de sítios de memória coletiva relaciona-se às recentes demolições de residências populares que acontece em Angola em nome do progresso do país, em detrimento da saúde dessas populações e de seu bem-estar.

Continuar lendo em: http://www.pambazuka.org/pt/category/features/63636