Seja bem-vindo a esse espaço no qual se pretende multiplicar conhecimentos pertinentes ao continente africano e de sua diáspora no Novo Mundo. É reconhecida a necessidade das trocas de saberes e a socialização do conhecimento na área da História, com vistas ao desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa na busca da inclusão de temas que contribuam para a compreensão da multiplicidade das experiências humanas e a criticar estereótipos organicamente naturalizados.



terça-feira, 27 de abril de 2010

Hino da África do Sul



A República da África do Sul é um país localizado na região denominada África Astral, extremo sul do continente. Sendo a mais importante região geopoliticamente falando. Há grande potencial industrial, urbano e mineral(celeiro mineral). Banhado pelos oceanos Atlântico e Indico.
Povoado desde a Pré-História, o atual território da África do Sul sempre recebeu migrações do resto do continente. Na era contemporânea, foi colonizado por ingleses, holandeses e alemães, recebendo diversos contingentes asiáticos.
Hoje, a população é formada por uma maioria de negros - divididos em uma série de grupos étnicos, que, juntos, representam 70% dos habitantes - e por minorias de europeus (12%), eurafricanos (13%) e indianos (3%), entre outros.
A África do Sul começou a ganhar espaço nas mídias por conta das lutas pelo controle de terras e dos minérios nelas existentes (1901). É curioso notar que essa disputa entre os africânderes (descendentes dos colonos holandeses: os bôeres),ingleses e os povos negros foi a primeira guerra filmada no mundo, nos seus dois anos de duração.Ficaram assim documentadas várias facetas de violência, em particular dos britânicos, como a queimada de fazendas e plantações e a matança de gado. Também se utilizaram do arame farpado e de campos de concentração onde se aprisionaram em particular as crianças, das quais foram mortas cerca de 22 mil.
Forjou-se uma teia de segregações no país por conta de interesses econômicos e políticos embasados por um discurso religioso. Africânderes, segundo a orientação da Igreja Reformada Holandesa, se auto-reconheciam como um povo com a missão de preservar as diferenças "naturais" de raça, apoiadas na fé que lhes fazia acreditar que igualar negros e brancos contrariava a lei de Deus. Em síntese, essa igualdade tanto na Igreja quanto no Estado significava uma intolerável humilação para qualquer cristão. Além disso, segundo eles, o "cruzamento" de raças contrariava a vontade divina que os tinha como seus "únicos e verdadeiros" intérpretes. Os mestiços e não europeus também sofreram com as determinações dos atos políticos restritivos. O racismo articulava-se às desigualdades relativas à distribuição do trabalho, da riqueza e do poder, assim como as demográficas e culturais. Era a construção do racismo legalizado, apartheid. Utilizando todos os possíveis constrangimentos exercidos pelo poder, o governo com clareza política e esforço organizado separou de um lado 3 milhões de brancos. De outro ficou o "resto", os diversos e desiguais, no caso, os inferiores: 11 mihões de negros e 2 milhões de mestiços e indianos.







As reações do povo negro foram muitas, e bem representativas, assim como as perdas de vidas. Entretanto, a supressão legal do apartheid tornou-se realidade. Apesar das dificuldades, percebeu-se ser viável a reconstrução do país em torno dos valores de liberdade e igualdade. As diretrizes geradas no comprometimento com a democracia política, social e racial encerrou um dos grandes processos de luta por liberdades em defesa da igualdade racial em todo o continente africano. Muitos desafios e incertezas também pontuaram o futuro do país na promoção das instituições democráticas, guiando as redefinições compatíveis com os anseios dos povos africanos.





fontes: Atlas National Geographic.
Couto, Mia. A África na sala de aula: visita
à histótia contemporânea.

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