Seja bem-vindo a esse espaço no qual se pretende multiplicar conhecimentos pertinentes ao continente africano e de sua diáspora no Novo Mundo. É reconhecida a necessidade das trocas de saberes e a socialização do conhecimento na área da História, com vistas ao desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa na busca da inclusão de temas que contribuam para a compreensão da multiplicidade das experiências humanas e a criticar estereótipos organicamente naturalizados.



terça-feira, 31 de agosto de 2010

70% das faculdades públicas já adotam cotas ou bônus

Em 77% dos casos, decisão de adotar política partiu da própria instituição. Levantamento feito por pesquisadores do Rio mostra que estudantes de escolas públicas são os mais beneficiados

Mesmo sem lei federal que as obrigue a isso, sete em cada dez universidades públicas no Brasil já adotam algum critério de ação afirmativa, seja ele cota ou bônus no vestibular para alunos de escolas públicas, negros, indígenas e outros grupos.

O levantamento foi feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos, ligado à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

De 98 universidades federais e estaduais, 70 adotam ação afirmativa (71%). Em 77% dos casos, a decisão de adotar cotas ou bônus surgiu da própria universidade.

Em apenas 16 instituições, a ação foi motivada por uma lei estadual. Não há lei federal -um projeto tramita no Congresso- que obrigue estabelecimentos da União a adotar cotas ou bônus.

O trabalho mostra também que são alunos de escolas públicas os mais beneficiados e que as cotas são mais utilizadas do que os bônus.

No caso das universidades que trabalham com cotas raciais, o critério utilizado para definir quem é negro ou indígena é quase sempre (85% dos casos) a autodeclaração. Nos demais, há exigência de fotografias ou comissões de verificação, métodos polêmicos por barrar candidatos que se consideram negros.

Para João Feres Júnior, um dos pesquisadores, em quase todas as 40 universidades que beneficiam negros, há preocupação de evitar que as vagas sejam ocupadas pelos de maior renda - o candidato deve comprovar carência ou estudo em escola pública.

Debate

Para ele, o crescimento de instituições que, sem a obrigação legal, adotam ações afirmativas reflete o amadurecimento do debate sobre a desigualdade racial no país.

Ele diz que, quando coordenou o Diretório Central de Estudantes da Unicamp, em 1986, o tema não era discutido nem nas ciências sociais. "Não passava pelas nossas mentes discutir a pauta."

Mesmo quem se beneficiou do avanço nas políticas de ação afirmativa aponta a falta de debate. É o caso de Wellington Oliveira dos Santos, 25, que se formou em psicologia em 2009 na Universidade Federal do PR, onde ingressou na cota para negros.

Santos reclama que, na época de sua graduação, não houve debates em seu curso sobre os motivos que estão levando as universidade públicas à adoção das cotas.

Criação de lei federal divide a opinião de especialistas

O fato de a maioria das universidades com ações afirmativas adotar a prática por iniciativa própria divide especialistas sobre a necessidade de uma lei federal.

Para Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE e pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade no RJ, uma lei federal é desnecessária e desrespeita a autonomia universitária.

"É melhor ver isto acontecer por um movimento espontâneo do que por uma lei que obrigue todas a adotarem um critério que coloque uma camisa de força", diz.

Já Renato Ferreira, gerente de projetos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, defende uma lei por entender que, em algumas universidades, os critérios ainda são tímidos. "Sem uma lei que regule o tema, demoraremos muito mais tempo para promover a igualdade que desejamos."

Beneficiados

Como a maioria adotou cotas ou bônus há menos de quatro anos, não há dados consolidados sobre o desempenho dos beneficiados. Na Uerj, uma avaliação mostrou que os alunos cotistas têm menor evasão e notas semelhantes aos demais na maioria dos cursos.

Na UFPR (Universidade Federal do Paraná), estudantes negros e oriundos de escolas públicas têm conseguido, na média, o mesmo rendimento nas avaliações que os outros universitários.

O sistema de cotas na UFPR, aprovado em 2003 por iniciativa da própria instituição, tem 8.000 beneficiados num total de 22 mil alunos.

Para o professor Paulo Vinícius Batista da Silva, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UFPR, ainda há desafios a serem superados. "Os cotistas são alvos de desconfiança."

(Antônio Gois)
(Colaborou Dimitri do Valle)
(Folha de SP, 30/8)

Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=73147

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Back2Black 2010



Vem aí a nova edição do Festival Back to Black. A primeira aconteceu no ano passado e reuniu debates e shows variados em três dias de evento. O local, a Estação de Trem da Leoplodina no Centro do Rio, deu um charme todo especial ao festival. Na entrada mapas políticos da África e no interior lindas fotografias. Tive a felicidade de assistir a última noite do festival que reuniu, no debate, a escritora Dambisa Moyo e Gilberto Gil, como mediador o acadêmico Alberto da Costa e Silva. Cantando várias estrelas brasileiras e internacionais, entre elas Mart’nália, Angelique Kidjo, Omara Portuondo, Margareth Menezes, Dona Ivone Lara, Luiz Melodia e a, até então desconhecida do grande público, Maria Gadú. Uma bela festa.




Neste ano o festival acontecerá entre os dias 27 e 29 de agosto. A programação de debates terá, entre outros, Mia Couto, Rubem César Fernandes, Chris Abani e José Eduardo Agualusa. Na programação musical farão a festa artistas como Carlinhos Brown, Elza Soares, Seun Kuti, Arnaldo Antunes, Erykah Badu, Frejat, Mart’nália e Taj Mahal, além do DJ Negralha. Diferentemente do ano passado, a programação musical acontecerá em dois palcos diferentes e terá como destaque a realização de um baile charm tal e qual acontece no Viaduto de Madureira, com a presença inclusive de reais frequentadores.

Abaixo a programação:

Sexta (27.08):
No palco Estação:
às 19h, conferência "Direitos Humanos e sociedade civil", com Joyce Banda e outros;
às 21h, Carlinhos Brown;
às 22h30m, Seun Kuti e Fela’s Egypt 80

No palco Urbano:
às 23h, DJ Negralha;
à meia-noite, Stereo Maracanã;
à 1h, MC Zola;
às 2h15m, Zakee

Nos Trilhos:
às 20h30m, Quinteto Nuclear

Sábado (28/08):
No palco Estação:
às 19h30m, conferência "Criatividade", com Vik Muniz e outros;
às 21h, show de Arnaldo Antunes e Toumani Diabaté (participação de Jam da Silva);
às 22h30m, Erykah Badu

No palco Urbano:
às 23h, Theophilus London;
à meia-noite, Joya Bravo;
à 1h, Dave Stewart (participação especial de Judith Hill e Nadirah X

Nos Trilhos:
às 20h30m, Natasha Llerena.

Domingo (29/08):
No palco Estação:
às 17h, conferência "Literatura, Imagem e Som", com José Agualusa e Mia Couto;
às 19h, Celebração do Blues, com Elza Soares, Frejat, Mart'nália, Taj Mahal, Vieux Farka Touré e Lizz Wright.

No palco Urbano:
às 20h, Baile do Viaduto de Madureira.

Nos Trilhos:
às 18h30m, Os Roncadores.

Estação Leopoldina:
Av. Francisco Bicalho s/n, Centro — 2333-7866

Para acessar a programação completa do festival e obter maiores informações visite o site: http://www.back2blackfestival.com.br/portugues/

Retrato do 3° mundo: petróleo vaza há 50 anos na Nigéria

Acredite se quiser, mas isto é 3o mundo: petróleo vaza há 50 anos na Nigéria



Grandes vazamentos de petróleo não são novidade na Nigéria. O Delta do Níger, onde a riqueza embaixo da terra é desproporcional à pobreza na superfície, é submetido, há 50 anos, ao equivalente a um derramamento do navio Exxon Valdez (de 41 milhões de litros, ocorrido no Alasca, em 1989) ao ano, segundo estimativas. O petróleo vaza quase todas as semanas, e alguns pântanos há muito tempo não têm mais vida.
É provável que nenhum outro lugar da Terra tenha sido tão castigado pelo petróleo, e os habitantes estão impressionados com a atenção constante que é dada ao vazamento do Golfo do México. Há poucas semanas, um duto da Royal Dutch Shell que havia estourado nos mangues foi fechado após vazar por dois meses: agora, não há um ser vivo em um mundo preto e marrom outrora povoado por camarões e caranguejos.

Não muito longe dali, há petróleo no Riacho Gio, de um vazamento de abril. Em Akwa Ibom, o vazamento de um duto da Exxon Mobil durou semanas.

Os vazamentos são causados por dutos enferrujados, nunca fiscalizados em razão de regulamentação ineficiente ou criminosa e afetados por manutenção deficiente e sabotagens. Apesar da maré negra, os protestos não são frequentes - no mês passado, os soldados que guardam um local da Exxon Mobil espancaram mulheres que realizavam uma manifestação. "Não temos a imprensa internacional para cobrir o que acontece aqui, então ninguém se preocupa", lamenta Emman Mbong, de Eket.



As crianças nadam no estuário poluído, os pescadores levam seus barcos cada vez mais longe e as mulheres do mercado andam com esforço entre os riachos de petróleo. "O petróleo da Shell está no meu corpo", afirmou Hannah Baage.

O fato de o desastre do golfo paralisar um país e um presidente que tanto admiram é motivo de espanto para as pessoas daqui. "O presidente Obama está preocupado com aquele vazamento!", comentou Claytus Kanyie, funcionário da prefeitura. "Ninguém está preocupado com este aqui." Ao longe, saía fumaça de um lugar onde, segundo Kanyie, funciona uma refinaria ilegal operada por ladrões de petróleo e protegida, ao que se fala, pelas forças de segurança nigerianas. Antes dos vazamentos, disse Kanyie, as mulheres de Bodo ganhavam a vida catando moluscos e mariscos nos pântanos.

Nada menos que 2 bilhões de litros vazaram no Delta do Níger nos últimos 50 anos ou cerca de 41 milhões ao ano, concluíram especialistas em relatório de 2006. Portanto, as pessoas daqui olham com compaixão a situação no golfo. "Sentimos muito por eles, mas é o que acontece aqui há 50 anos", disse Mbong.

Embora grande parte da área tenha sido destruída, restam muitos espaços imensos de verde. Os ambientalistas afirmam que, com um programa de recuperação intensiva, o delta poderia voltar a ser o que era.




A Nigéria produziu mais de 2 milhões de barris de petróleo ao dia, no ano passado, e em mais de 50 anos milhares de quilômetros de dutos foram instalados nos pântanos. A Shell, principal empresa exploradora, opera em milhares de quilômetros quadrados, segundo a Anistia Internacional. Colunas envelhecidas de válvulas nos poços de petróleo se destacam entre palmeiras. Às vezes o petróleo jorra delas, mesmo que os poços estejam desativados.

Caroline Wittgen, porta-voz da Shell em Lagos, disse: "Não discutimos os vazamentos", mas argumentou que a "vasta maioria" é provocada por sabotagem ou roubo, e apenas 2% por falhas dos equipamentos ou erro humano.

Reportagem publicada no jornal "O Estado de São Paulo".

sábado, 14 de agosto de 2010

Do jongo ao samba no Rio de Janeiro


Encontro de baianas do jongo, do santo e do samba é uma iniciativa
cultural simbólica do Rio de Janeiro, para enfatizar os mais
relevantes patrimônios culturais: a Pedra do Sal e o samba, em sua
ancestralidade. O Centro Cultural Cartola brinda o público com show
musical gratuito, reunindo a Velha Guarda da Mangueira, a Velha Guarda
do Império Serrano, o jongo do Pinheiral e convidados - além da
participação especial das baianas do santo e do samba.

A Pedra do Sal é um lugar histórico, localizado aos pés do Morro da
Conceição, na Gamboa. Em 1984, em 20 de novembro, Dia Nacional da
Consciência Negra, o sítio, no coração da Saúde, foi tombada pelo
Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), como um fragmento
de memória rupestre da Pequena África. Em 2007, o samba carioca
tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, sob registro do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A energia feminina fez do samba uma das maiores manifestações
populares. Sua origem ainda hoje é discutida. Seu nome, segundo alguns
autores, provém de semba, que quer dizer "umbigada" - união do baixo
ventre, no batuque de angola. Pode-se afi rmar que a música africana
entrou no País com os primeiros escravos negros. E esse encontro das
baianas do santo, do jongo e do samba visa difundir esses patrimônios
material e imaterial do Rio de Janeiro e do Brasil.

PROGRAMAÇÃO

14h. Exibição do vídeo Matrizes do Samba no Rio de Janeiro e
degustação de quitutes dos tabuleiros das baianas.

15h. Apresentação musical, com baianas em trajes típicos. Elenco:
Jongo do Pinheiral, Velha Guarda do Império Serrano, Velha Guarda da
Mangueira e de baianas do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio
de Janeiro, dentre outros artistas convidados.

18h. Saída do cortejo para Pedra do Sal (e todas as baianas do santo,
do jongo e do samba)

SERVIÇO
Data: 22 de agosto
Local: Rua Sacadura Cabral, 154 (The Week), com cortejo para a Pedra do Sal
Horário: a partir das 14h
Entrada franca: confi rmar presença pelo e-mail aniversariopalmares.rj@gmail.com

Fonte: http://www.palmares.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=2957

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Jongo da Serrinha, Razãoes Africanas e o Coral de Cânticos Sagrados Iyun Ase Orin no Bola Preta

CLIQUE NAS IMAGENS PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO



fonte:http://institutodepesquisadasculturasnegras.blogspot.com/2010/08/jongo-da-serrinha-razoes-africanas-e.html

Cia Folclórica do Rio de Janeiro (UFRJ) comemora seus 23 anos ao som da TAMBORZADA


Ainda há tempo de assistir a esse belo espetáculo.

Tem batuque em caixa de fósforos, na frigideira, mas tem também percussão forte saindo de tambor português, indígena, africano e até aqueles típicos da umbigada. No espetáculo TAMBORZADA, que comemora os 23 anos da Cia Folclórica do Rio de Janeiro–UFRJ, o ritmo reina para mostrar com quantos batuques se faz a cultura brasileira. Reunindo 40 artistas, entre músicos e dançantes, TAMBORZADA une dança e música dos quatro cantos do Brasil com a pulsação de nossas raízes, como poderá ser conferido de 13 a 16 de maio, no Teatro Angel Vianna, no Centro Coreográfico, na Tijuca. O público vai poder conhecer tambores típicos como atabaques, alfaias, Tambor de Crioula do Maranhão, crivador, meião, caxambu, candongueiro e tambú aprendendo sobre a riqueza da percussão e das danças brasileiras.

“Vamos montar em cena um grande terreiro que vai abrigar o sacro e o profano das culturas populares do Brasil. Cenografia, instalações, iluminação, figurinos, música ao vivo e muita dança, criarão um momento de artes integradas que pretendem sensibilizar as pessoas à identidade brasileira, com muita honra”, exalta Eleonora Gabriel, diretoa da Cia. Folclórica do Rio de Janeiro–UFRJ .


A Companhia Folclórica do Rio-UFRJ há 23 anos pesquisa expressões dançantes e musicais por todo país. É reconhecida, dentro e fora do Brasil, pela excelência na pesquisa da cultura brasileira. Integram seu repertório: Riojaneirices, acerca da cultura popular do Rio de Janeiro, Brasileirices, com várias manifestações brasileiras, Pelos mares da vida, sobre expressões tradicionais de brasileiros que vivem o mar, Natal Brasileiro, de reisados e pastoris nordestinos, Brasileirinho, sobre o folclore cotidiano e dentro da escola, Cem anos de frevo, em 2007, e Energia do Homem, coreografia para 723 pessoas de 13 danças populares brasileiras, na premiadíssima abertura do PAN 2007.

Ficha Técnica:
Direção Geral: Eleonora Gabriel | Direção Musical: Ronaldo Alves | Direção de Produção: Katia Iunes | Dançantes: Alex Costa, Alexandre Carvalho, Aline Sousa, Carla Giglio, Elaine Aristóteles, Eleonora Gabriel, Fernanda Veloso, Flávia Souza, Frank Wilson, Genilson Leite, Jacqueline Barbosa, Leonardo Amorim, Luan Gustavo, Márcia Cassaro, Mônica Luquett, Paola Pimentel, Renato Barreto, Rian Rodrigues, Rita Alves, Roberto Barboza, Rodrigo Magalhães, Sebastião Lima, Tatiana Reis, Tuanny Carvalho, Victor D’Olive, Viviane Brito e Viviane Martins
Músicos: Evandro do Carmo, Gabriel Gabriel, Lourenço Vasconcellos, Otávio Menezes, Paulino Dias, Ramon de Sant´ana, Roberto Monteiro, Ronaldo Alves, Wanessa Anchieta | Equipe de Arte: Chris Lopes, Cristiane Silva, Daniel Florenzano e Rafael Carneiro | Cenário: Ricco Neves | Equipe de Produção: Danyele Barros, Elaine Cristina e Márcio Romão.

fonte: http://www.overmundo.com.br/agenda/tamborzada-o-rufar-da-cultura-brasileira-em-cena

Jongo


Dança do Jongo

ORIGEM: O Jongo é uma Dança de origem africana,possivelmente do Povo oriundo de Angola,da qual participam homens e mulheres,possivelmente quer dizer divertimento.
O canto tem o papel fundamental, associado aos instrumentos musicais e dança.
Alguns pesquisadores classificam-no como um de "tipo de Samba" mais antigo, seria ele que daria mais tarde origem ao Samba.Em alguns locais o nome pode variar como Caxambu,Dança do Jongo, Bambelô ,dentre outros.


A FESTA: É uma música feita para dançar, e fundamenta-se com o "ponto", ou seja, a pessoa tem que "desamarrar"(decifrar) o "ponto".O "ponto" seria uma espécie de adivinha, onde o verso cantado não expressa de forma muito clara o que se trata, e é preciso descobrir para saber do que fala a música.
Exemplo de uma crítica feita a um chefe político:

"Tanto pau de lei
que tem no mato,
imbaúba é coroné."

A explicação do "ponto" é que no meio de muita gente boa que existe,foram escolher logo o "coronel" que não é bom,para um cargo tão importante.Segundo a comparação da música:
Pau de Lei: Gente boa, e Imbaúba: Imbaúba ,é uma arvore cuja a madeira é ôca sem muita serventia,gente ruim.

Na maioria das vezes a música é cantada por duas vozes ,ou três vozes.
Em alguns locais é comum as pessoas participantes do Jongo dançarem ao redor dos instrumentos, noutros lugares dançam em frente aos instrumentos,sendo a que é uma dança de roda que se movimenta de forma contraria ao ponteiro do relógio(sentido anti-horário) coisa pouco comum,como passos para frente,pulos,giros ,etc.

INSTRUMENTOS MUSICAIS:Na Dança são utilizados os seguintes instrumentos musicais:
Da esquerda para direita:
1.Atabaque Guanazamba.
2.Guaiá.
3.Atabaque Candongueiro.
4.Puíta,cuíca.
5.Atabaque Cazunga



1.Atabaques(Três a quatro),recebem uma grande variação de nomes como:Tambor,Angona,Candongueiro,Cadete,Pai João,Pai Tôco, etc.Ele é dividido em :

Guanazamba,Pai João,Pai Tôco,Tambor : É o maior te todos ,é um pedaço de madeira que por meio de fogo é deixada ôca ,de um lado a outro,com aproximadamente 100cm a 120 cm de comprimento e um diâmetro de aproximadamente 40 cm,numa das extremidades é colocado o couro de boi
(na maioria das vezes) e a outra fica livre.A forma como é tocado consiste em deitar horizontalmente o atabaque no chão sentasse nele e bate com as mãos no couro.

Candongueiro,Joana,Angona: Um pouco menor, mede 80cm a 100cm e 30cm de diâmetro,é tocado por pancadas suaves das pontas dos dedos,para produzir um som mais agudo,tipo "arranhado",é tocado do mesmo modo da Guanazamba.

Cadete:Terceiro maior mede 50cm a 60 cm de comprimento e 20 cm de diâmetro,é tocado do mesmo modo da Angona,é tocado do mesmo modo da Guanazamba.

Cazunga: É o menor dos quatro possui.Único que não é tocado deitado ao chão, pois fica pendurado no corpo do tocador por alças.

2.Puíta,cuíca: Instrumento de aproximadamente 30cm de comprimento e aproximadamente 15cm a 20cm de diâmetro, é uma madeira ôca,em uma das extremidades é coberto com o couro , no centro deste couro é amarrado uma haste de madeira,bem lisa de aproximadamente 30cm de comprimento.
É tocado colocando o instrumento entre os joelhos pressionando-o, e com um pano molhado esfrega a haste tirando o som, ou também coloca-se a mão sobre o couro,externamente, resultando sons diferentes.

3.Guaiá,chocalho: Pequeno recipiente de metal ôco (é um chocalho, assemelha-se a uma caneca fechada, tendo até uma alça para segurar) , que contêm no seu interior chumbo,pedrinhas,sementes ou outra coisa que sirva para provocar o som a que se destina.Sua função na música é apenas de marcar a mudança de canto, para "desatar" o "ponto" que esta sendo dançado.

fonte: http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/jongo.htm